quarta-feira, 30 de junho de 2010

A alimentação carnívora e o vegetarianismo por Ramatís


PERGUNTA: Porventura, o homem evangelizado, que se alimenta de carne, contraria ainda as disposições divinas? Não existem tantos vegetarianos de má conduta e até pervertidos?

RAMATÍS: Não temos dúvida em afirmar que mais vale um carnívoro evangelizado do que um vegetariano anti-crístico. Mas não estamos cogitando agora das qualidades espirituais que devem ser alcançados por todos os entes humanos, mas sim considerando se procede bem ou não a criatura evangelizada que ainda coopera para o progresso dos matadouros, charqueadas, frigoríficos ou matanças domésticas. A alma verdadeiramente evangelizada é plena de ternura, compassividade e amor; o espírito essencialmente angélico não se regozija em lamber os dedos impregnados da gordura do irmão inferior, nem se excita na volúpia digestiva do lombo de porco recheado ou da costela assada, com rodelas de limão por cima.

É profundamente vergonhoso para o vosso mundo que o boi generoso, cuja vida é inteiramente sacrificada para o bem da humanidade e o prazer glutônico e carnívoro do homem, seja mais inteligente que ele em sua alimentação, que é exclusivamente vegetariana! Não se compreende como possa o homem julgar-se um ser adiantado, ante o absurdo de que o animal irracional prefere alimento superior ao do seu próprio dono, que é dotado do discernimento da razão!

Louvamos incondicionalmente o homem evangelizado, ainda que carnívoro, mas o advertimos de que, enquanto mantiver no ventre um cemitério, há de ser sempre um escravo preso à roda das reencarnações retificadoras."

MAES, Hercílio. Fisiologia da alma. 13ªed, São Paulo: editora do conhecimento, 2002, p.46