terça-feira, 7 de setembro de 2010

A alimentação carnívora e o vegetarianismo

"Os animais são os irmãos inferiores dos homens. Eles também, como nós, vem de longe, através de lutas incessantes e redentoras, e são, como nós, candidatos a uma posição brilhante na espiritualidade. Não é em vão que sofrem nas fainas benditas da dedicação e da renúncia, em favor do progresso dos homens" Irmão X


Fisiologia da alma; pág. 78

A alimentação carnívora e o vegetarianismo

"Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros". Irmão X


Fisiologia da alma. Página 78

A alimentação carnívora e o vegetarianismo

"A natureza traçou limites aos gozos, para vos indicar o necessário; mas, pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis a vós mesmos".


Fisiologia da alma. Página 69.

domingo, 11 de julho de 2010

A alimentação carnívora e o vegetarianismo por Ramatís

PERGUNTA: Cremos que muitos seres divinizados, que já viveram em nosso mundo, também se alimentaram de carne; não é verdade?

RAMATÍS: Realmente, alguns santos do hagiológico católico, ou espíritos desencarnados considerados hoje de alta categoria, puderam alcançar o céu, apesar de comerem carne. Mas o portador da verdadeira consciência espiritual, isto é, aquele que, além de amar, já sabe porque ama e porque deve amar, não deve alimentar-se com a carne dos animais. A alma efetivamente santificada repudia, incondicionalmente, qualquer ato que produza o sofrimento alheio; abdica sempre de si mesma e dos seus gozos, em favor dos outros seres, transformando-se numa Lei Viva de contínuo benefício e, na obediência a essa Lei benéfica, assemelha-se à força que dirige o crescimento da semente no seio da terra: alimenta e fortifica, mas não a devora!

Essa consciência espiritual torna-se uma fonte de tal generosidade, que toda expressão de vida do mundo a compreende e estima, pela sua proteção e inofensividade. Sabeis que Francisco de Assis discursava aos lobos e estes o ouviam como se fossem inofensivos cordeiros; Jesus estendia sua mão abençoada, e as cobras mais ferozes se aquietavam em doce enleio; Sri Maharishi, o santo da Índia, quando em divino "samadhi", era procurado pelas aranhas, que dormiam em suas mãos, ou então afagado pelas feras, que lhe lambiam as faces; alguns místicos hindus deixam-se cobrir com insetos venenosos e abelhas agressivas, que lhes voam sobre a pele com a mesma delicadeza com que o fazem sobre as corolas das flores! Os antigos iniciados essênicos mergulhavam nas florestas bravias, a fim de alimentarem os animais ferozes que eram vítimas das tormentas e dos cataclismos. Inúmeras criaturas gabam-se de nunca haverem sido mordidas por abelhas, insetos daninhos, cães, ou cobras. Geralmente são pessoas vegetarianas, que assim mantém integralmente vivo o amor pelos animais.

As almas angelizadas, que já chegaram a compreender realmente o motivo da vida do espírito no mundo de formas, que possuem um coração magnânimo e incapaz de presenciar o sofrimento dos animais, também não lhes devoram as entranhas, do mesmo modo como os verdadeiros amigos dos pássaros não os prendem em gaiolas mesmo douradas!
É ilícito ao homem destruir um patrimônio valioso que Deus lhe confia para uma provisória administração na Terra; cumpre-lhe proteger desde a flor que enfeita a margem dos caminhos até ao infeliz animal escorraçado e que só pede um pouco de pão e de amizade. O devorador de animais, por mais evangelizado que seja, ainda é um perturbador da ordem espiritual na matéria; justifique-se como quiser, mas a persistência em nutrir-se com despojos animais prova que não se adaptou ainda, de modo completo, aos verdadeiros objetivos do Criador.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A alimentação carnívora e o vegetarianismo por Ramatís

PERGUNTA: A recusa em matar o animal ou ave já não é um protesto contra a existência de matadouros e charqueadas? Isso não comprova a posse de uma alma com melhor aprimoramento espiritual?

RAMATÍS: As criaturas que matam a ave ou o animal no fundo do quintal ou que obtém o seu salário no trabalho dos matadouros, podem ser almas primitivas, que não avaliam o grau de sua responsabilidade espiritual junto à coletividade do mundo físico. Mas aqueles que fogem na hora cruel do massacre do irmão bem demonstram compreender a perversidade do ato e o reconhecem como injusto e bárbaro. Em consequência, ratificam o conhecimento de sua responsabilidade perante Deus, recusando-se a assistir àquilo que em sua mente significa severa acusação ao espírito. Confirmam, portanto, ter conhecimento da aniquidade de se matar o animal indefeso e inocente. É óbvio que, se depois o devoram cozido ou assado, ainda maior se lhes torna a culpa, porque o mesmo ato que condenam, com a ausência deliberada, fica justificado pessoal e plenamente na hora famélica da ingestão dos restos mortais do animal.

Os fujões pseudamente piedosos não passam, aliás, de vulgares cooperadores das mesmas cenas tétricas do sacrifício do animal; o consumidor de carne também não passa de um acionista e incentivador da proliferação de açougues, charqueadas, matadouros e frigoríficos.

O vosso código prevê, na delinquência do vosso mundo, penas severas tanto para o executor como para o mandante dos crimes de co-participação mental, pois a responsabilidade pesa sobre ambos. Os que não matam animais ou aves, por piedade, mas digerem jubilosamente os seus despojos, tornam-se co-participantes do ato de matar, embora o façam à distância do local do sacrifício; são, na realidade, cooperadores anônimos da indústria de carnes, visto que incentivam o dinamismo da matança ao consumirem a carne que mantém a instituição fúnebre dos matadouros e do trucidamento injusto daqueles que Deus também criou para ascensão espiritual.


MAES, Hercílio. Fisiologia da alma. 13ªed, São Paulo: editora do conhecimento, 2002, p.47 e 48

quarta-feira, 30 de junho de 2010

A alimentação carnívora e o vegetarianismo por Ramatís


PERGUNTA: Porventura, o homem evangelizado, que se alimenta de carne, contraria ainda as disposições divinas? Não existem tantos vegetarianos de má conduta e até pervertidos?

RAMATÍS: Não temos dúvida em afirmar que mais vale um carnívoro evangelizado do que um vegetariano anti-crístico. Mas não estamos cogitando agora das qualidades espirituais que devem ser alcançados por todos os entes humanos, mas sim considerando se procede bem ou não a criatura evangelizada que ainda coopera para o progresso dos matadouros, charqueadas, frigoríficos ou matanças domésticas. A alma verdadeiramente evangelizada é plena de ternura, compassividade e amor; o espírito essencialmente angélico não se regozija em lamber os dedos impregnados da gordura do irmão inferior, nem se excita na volúpia digestiva do lombo de porco recheado ou da costela assada, com rodelas de limão por cima.

É profundamente vergonhoso para o vosso mundo que o boi generoso, cuja vida é inteiramente sacrificada para o bem da humanidade e o prazer glutônico e carnívoro do homem, seja mais inteligente que ele em sua alimentação, que é exclusivamente vegetariana! Não se compreende como possa o homem julgar-se um ser adiantado, ante o absurdo de que o animal irracional prefere alimento superior ao do seu próprio dono, que é dotado do discernimento da razão!

Louvamos incondicionalmente o homem evangelizado, ainda que carnívoro, mas o advertimos de que, enquanto mantiver no ventre um cemitério, há de ser sempre um escravo preso à roda das reencarnações retificadoras."

MAES, Hercílio. Fisiologia da alma. 13ªed, São Paulo: editora do conhecimento, 2002, p.46